Em 1934 a Alemanha Nazi proclamava-se, diante do mundo, como “pacifista”

No âmbito da investigação realizada para a curta-metragem "Poesia de Segunda Poesia", junto a um artigo intitulado “Os prémios dos concursos do secretariado da Propaganda Nacional", encontrámos um outro muito curioso referente à politica internacional da época.

“NOVA YORK, 31 – A revista ‘The Fórum” publica um artigo do ministro dos Negócios Estrangeiros alemão sobre a politica externa do Reich. Diz von Neurath: ‘Infelizmente, o mundo civilizado não encara a transformação do Reich como ela merece. A evolução nacional socialista representa uma mudança radical da sua vida nacional, nos seus aspectos sociais, económicos e culturais. A vontade de Hitler é que a nova construção se desenvolva, no futuro firme e inquebrantavelmente. É uma obra gigantesca, no meio do caos do ‘apré guerre’. É uma ressurreição, cujo alcance não muito tarde se avaliará, nos seus efeitos mundiais. O ‘Fuehrer’ quere que esta reconstrução se faça sob o signo da paz e da mais estreita amizade com todos os povos. Isto é a melhor resposta aos mal intencionados que teimam em envenenar as intenções da Alemanha, procurando fazer crer que elas são agressivas’”.

“A Alemanha e a sua política externa no momento actual”, Diário de Lisboa (31-12-1934), p. 16.

Nas imagens: a saudação à romana, em cima feita por Hitler, em baixo por Salazar